terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Lutas Fotos



                                       Algumas Técnicas de lutas
                         Imagens tiradas do google para a postagem em nosso blog.


http://www.google.com.br/search?q=educa%C3%A7ao+fisica+e+lutas&hl=pt-BR&prmd=imvns&source=lnms&tbm=isch&ei=I5BNT6urF5TQgAexxfjFAg&sa=X&oi=mode_link&ct=mode&cd=2&ved=0CA4Q_AUoAQ&biw=1241&bih=606#hl=pt-BR&tbm=isch&sa=1&q=+lutas&pbx=1&oq=+lutas&aq=f&aqi=g10&aql=&gs_sm=3&gs_upl=17764l17764l0l18200l1l1l0l0l0l0l209l209l2-1l1l0&bav=on.2,or.r_gc.r_pw.r_qf.,cf.osb&fp=2ef8bb6c953ee8f8&biw=1241&bih=606
http://www.dicio.com.br/luta/

Luta

Significado de Luta

Combate de dois atletas, corpo a corpo, e sem armas.
De modo geral, ação de combater, com armas ou sem elas.
Esforço feito por duas pessoas, duas facções, dois povos para vencer um ao outro: entrar em luta com alguém; lutas políticas, religiosas.
Ação de duas forças que agem em sentido contrário: a luta do dever contra a paixão.
Luta pela vida, fato biológico, observado por Darwin, o qual consiste na luta direta entre espécies e, sobretudo, a luta pelo espaço, pela adaptação ao meio, pela sobrevivência, etc.

Sinônimos de Luta

Sinônimo de luta: brigabulhacombatedesavençadisputapelejapendência,pugnarecontrorixatestilha e zanga

Definição de Luta

Classe gramatical de luta: Substantivo feminino
Separação das sílabas de luta: lu-ta

História da Luta


O DESPORTO DA LUTA


      Muito haveria a dizer sobre a história da Luta e as suas origens. O pouco tempo que temos e a enorme bibliografia que contém elementos sobre este tema, faz com que abordemos o assunto duma forma menos completa, focando somente pontos interessantes da história e duma maneira generalizada, o aspecto da luta nos nossos dias. 
    Pode considerar-se que a luta faz parte da actividade da espécie humana e portanto a sua origem perde-se no tempo.

            Antes de conhecer as formas de expressão, como o falar ou o escrever, o homem empregou a luta como expressão viva da sua espécie para demonstrar os seus sentimentos primitivos.
            Vista sob o prisma de natural via de aperfeiçoamento da agressividade humana, Luta atravessou grande evolução passando através das varias ideologias e formas de vida dos povos pelos aspectos práticos, místico, religioso e desportivo.
            Desde as primitivas manifestações desportivas, passando pelos Jogos Olímpicos da antiguidade até aos nossos dias, a Luta tem figurado como modalidade obrigatória, confirmando a importância que esta prática, tem merecido do homem.
            A Luta ainda hoje faz parte dos programas Olímpicos com dois estilos diferentes: a Luta Greco-Romana e a Luta livre Olímpica.
Tendo ambos por fulcro da acção o adversário e por objectivo colocá-lo com as duas espáduas no tapete, são proibidos os estrangulamentos, as chaves ou qualquer outra acção violenta. Os dois estilos diferem apenas porque na LIVRE OLÍMPICA é permitida a utilização das pernas nas acções de ataque e defesa o que é interdito no estilo GRECO – ROMANA, no qual os lutadores apenas se podem utilizar dos braços e do tronco para realizar as suas projecções e prisões.
            Em meados do século passado, para tornar possíveis as competições internacionais, entre os especialistas das inúmeras lutas regionais que proliferavam na Europa, os franceses fizeram uma codificação de regras e regulamento criando o estilo “ GRECO - ROMANA “.Mais tarde, já no inicio do nosso século, aparece o estilo “ LIVRE OLÍMPICA “ que teve a sua origem nas Lutas da antiguidade e nas lutas nacionais.
            A prática da Luta pode perfeitamente ser integrada no sistema educativo de um povo, partindo das simples formas jogadas de luta, até aos processos de treino mais avançados, encontramos uma gama enorme de factores e situações que podem contribuir para a formação dos seus praticantes.
            A estruturação do esquema corporal, as noções de espaço, peso e relação eu- tapete, eu-companheiro, etc., são sem dúvida algumas das aulas de educação física para determinadas escalões etários.
            A Luta quando praticada de uma forma organizada e sistematizada, será um meio cheio de situações ricas nas solicitações que levam ao desenvolvimento e aquisição de estruturas importantes na formação da Juventude.



     Poderá parecer estranha ao leitor a linguagem empregue neste pequeno apontamento. Se a usamos foi para seguir tão fielmente quanto possível, a transcrição a que nos propusemos, que se situa entre os anos de 1899 até 1909.
A prática da Luta estilo GRECO-ROMANA por amadores começou em Portugal, como começaram outras modalidades através do figurino dos método clássicos franceses.
Um entusiasta Camilo Bouhou, conhecedor do que se passava no estrangeiro, através dos escritos que recebia, impulsivo, amigo de discutir, tentando convencer à força de pulmões em frequentes discussões sobre assuntos interessantes e  procurando apoio aos seus argumentos nas revistas e livros que recebia regularmente de  alem fronteira, costumava às tardes, nos salões do Real Ginásio Club

 Português ( hoje Ginásio Club Português), fazer os seus treinos com halteres, tornando bastante animados e interessantes esses sessões. A conversação era quase sempre dirigida para questões de Luta, Boxe e Halteres. Alguns sócios dos Club ouviam então maravilhados e curiosos, os nomes de “ Pons”, Laurent le Beaucairois”, de “ o mer” e seguiam com interesse  a descrição das suas façanhas homéricas, que a fantasia exaltada do narrador chegava a incluir a par das que a lenda mantém através dos séculos.

Os nomes desses campeões gravavam-se no pensamento dos ginastas e sócios como entes excepcionais e como verdadeiros deuses, manifestavam todos, o desejo de os ver um dia, de seguir o seu trabalho e conhecer a sua arte de combater.
Assim se originou a febre importadora de tratados de Luta. E um reduzido livrinho dum escritor francês Leon Ville, tornou-se querido dos atletas do Ginásio. Foi estudado e tentado imitar o que ele continha.
Sobre os mal apropriados colchões de ginastica feriam-se lutas ardorosas e violentas, que deixavam largos sinais dos seus estragos em graves escoriações e ferimentos nos cotovelos e braços dos futuros campeões.
Fora do real Ginásio, noutro clube também importante desses tempos – no Real Clube Velocipeditas de Portugal – a luta tinha da mesma forma os seus ocultos admiradores. Era seu influente principal o ginasta Pedro del negro, cuja competência era reconhecida por todos. Nesses tempo o notável atletas amador praticava a luta  e chegou a Ter grande confiança nos seus conhecimentos, porque planeou um combate contra um rapaz de grande constituição física – Luís Pimental – para incluir no programa de um Sarau.
Os treinos eram já feitos com certo aspecto de seriedade.
Nos dois Clubes treinava-se com certa intensidade, desejando os atletas ganhar para os respectivos clubes o título de primeiros na modalidade que começava a praticar-se. O real Ginásio tirava maior proveito que o real Velocipedista .
 Um profissional francês de nome Gerardy chegou a treinar algumas manhãs no Ginásio, ensinando os senhores Walter Awata, João Roubaud e José Pontes três entusiastas pelo desporto mas que nunca tinham praticado a luta e muito menos ter entrado em torneios públicos profissionais, mas que simplesmente pensavam adquirir conhecimentos do novo desporto para lhe fazer a propaganda e advogar as qualidades.
Nesse tempo apareceu o “ jornal da Noite” com uma secção diária sobre desporto.
A secção era completa e variada. O redactor – José Pontes, dava porem excessiva preferência às noticias sobre Halterofilia, procurando a mais larga publicidade para as notícias, que sobre a matéria vinha do estrangeiro.
A secção era completa e variada. O redactor – José Pontes, dava porém excessiva preferência às notícias sobre Halterofilia, procurando a mais larga publicidade para as noticias, que sobre a matéria vinha do estrangeiro.
Um torneio de Luta disputado em paris, o do primeiro “ Cinto de Ouro” teve nas colunas do “ Jornal da Noite” uma reportagem completa e minuciosa de pormenores. Os combates desse tornei célebre eram descritos fase por fase. Os nomes de Pons, Petersen Raul de Boucher, Laurente le Beancairois, Antonich e Dumont tornaram-se do domínio público.
Essas crónicas inflamaram os nossos debutantes da prática da Luta. No Real Ginásio os Senhores Dario Canas e José Mourão apresentaram-se num combate demonstrativo. Uma lembraram-se de fazer uma série de combates. Foi um ensaio que José Pontes aproveitou para promover a realização do primeiro Torneio, com carácter oficial.
Realizou-se este Torneio no picadeiro do então professor de equitação Senhor João Cagliardi e mereceu honras de noticiário circunstanciado, porque reuniu um bom grupo de entusiastas da luta, os melhores de então. O pequeno torneio revelou as excepcionais qualidades e aptidões de Domingos Centeno, Dario Gomes e César de Melo, todos vencedores dos seus adversários, entre eles um gigantesco rapaz com 1,90 m de altura, José Oliveira, que sofreu o desgosto de ver a sua força e inexperiência, dominados pela técnica, treino e combatividade que é quase sempre qualidade inerente aos atletas trabalhados muscularmente. Este Torneios marca uma etapa gloriosa da Luta em Portugal.
Durante meses a luta não manifestou  publicamente o seu avanço progressivo. No real Ginásio os praticantes continuavam os seus treinos, mas seria a continuidade de torneios ou exibições que interessava para implantação da modalidade.
No Club Naval Madeirense, trabalhava-se com actividade e método sob a direcção de Pedro Del Negro e no meio desportivo constou imediatamente que este Club podia apresentar sem qualquer receio três lutadores amadores valentes, treinadores e capazes de defrontar os dos outros Clubes.
Esses lutadores eram Ribeiro da Fonseca, Ricardo del negro e Cândido da Silva.
 A 22 de Outubro de 1905 apareceu o jornal “Os Sports ” e no programa desses bi-semanário figurava a organização de várias manifestações desportivas com grande realce para a Luta.
Houve logo a ideia imediata de fazer disputar o primeiro Campeonato Nacional.
Haveria concorrentes? Era a pergunta que se fazia. Os organizadores porém não se precipitaram. foram primeiro ensaiar o terreno já desbravado com a conveniente propaganda porque o senhor Manuel Egreja, com extrema proficiência e com toda a imparcialidade, tinha nas colunas do “ Jornal da Noite “ meses antes descrito e comentado o Torneio do segundo “ Cinto de Paris “, que ele fora presenciar propositadamente. Esses crónicas excitaram os lutadores portugueses de então, que com mais afinco se entregavam aos treinos.
A primeira feita de “ os Sports “ realizou-se na sede do Real Ginásio a 5 de Novembro. Era modesta e tinha o carácter de tentativa.
Foi porém um sucesso e bastante concorrida de participantes. Disputaram este Torneio 6 lutadores. A  vitória coube a César de melo que venceu Sotto Mayor, segundo Nascimento, em terceiros Pedro Cohen, Futscher de Figueiredo e Mário Ribeiro.
Começaram então os primeiros anúncios do Campeonato Nacional, todos achavam excelente a ideia. O Jornal “ Os Sports” porém quis animar mais fortemente a publicidade e a 3 de Dezembro de 1905, promovia na Sede do Real Ginásio segundo torneio que era presidido por um Júri formando por entusiastas da luta – Drs. Jaime Neves, Fernando Correia, Dr. Borges de Almeida, Dias Costa e José Amorim. Como árbitro estava César de Melo.
O número de correntes, tornando morosa a sessão obrigou que se fizesse nesse dia o apuramento de classificados, para a “ poule” final a realizar no Domingo seguinte.
Entretanto abandonaram o Torneio, Nascimento Pedro Cohen e Santos Júnior. Dos pesados classificaram-se, Brito Chaves, dos leves Abel de machado carvalho Mártires e Futscher de Figueiredo. A “ poule” definitiva efectuou-se a 10 de Novembro com a arbitragem confiada a Manuel Egreja.
Saíram vencedores Brito Chaves e Abel de Machado só com uma derrota; Futcher de Figueiredo e Armando Navarro.
A derrota de Brito Chaves foi imposta por Abel de Macedo e a deste por Futscher de Figueiredo.
Na mesma tarde José de Sousa prego Brito Chaves que aceitara o desafio que lhe sido lançado directamente.
O interesse das duas “ poules” justificava a garantia da realização do primeiro Campeonato nacional.

 “ Os Sports “ abalançou-se a essa organização do primeiro Campeonato e precedido duma prova eliminatória no dia 31 de Dezembro de 1905, marcou-se o Torneio para Quinta feira 4 de Janeiro de 1096 em festa pública no Salão do Teatro da Trindade.
Foi uma sessão brilhante e extraordinariamente animada. As lutas foram renhidas. Os lutadores queriam levar para os seus clubes as honras da vitória e a “ Taça Holbeche “ instituída para ser disputada em combates contra em combates contra o campeão de Portugal durante os três meses que seguissem à realização da prova.
O titulo de Campeão nacional ficou pertencendo a Ribeiro da Fonseca e a taça ao clube eu representava e que era o Club Naval Madeirense.
É preciso notar que o título era atribuído sem distribuições de categoria. Os lutadores tinham que lutar todos entre si não sendo observador a sua categoria de peso.
O segundo classificado foi Cândido da Silva, o terceiro Ricardo del Negro e o quarto Joaquim Sotto Mayor. Este, que representou o Real ginásio Clube foi considerado um herói porque resistiu a todos os lutadores que constituíram a poderosa equipa do Clube rival – Clube Naval Madeirense – fazendo sempre combates nulos e não de deixando vencer.
Dos leves a vitória coube a Abel de machado, seguido de José Carlos dos Martyres, Eirado Júnior e Armando de Macedo.
O Campeonato levantou sérias discussões o Real Ginásio não podia suportar que a Taça estivesse em poder de outro Clube e lamentava que césar de Melo não tivesse concorrido por motivo de doença. Travou-se rija polémica nos meios desportivos, a que os Jornais da época não foram estranhos.
No Clube Madeirense a confiança no Campeão era enorme e os mais influentes chegaram a organizar um combate, sob o aspecto de treino com Diego Conelli, robusto ciclista e atleta Italiano que sabia lutar e que estava em Lisboa nessa ocasião.
Era uma experiência para averiguar dos méritos de Ribeiro da Fonseca. O combate, pela brilhante resistência do campeão português, que era em verdade um belo atleta, excitou os seus partidários, que publicamente o consideravam vencedor antecipado de qualquer outro lutador amador português.
Esta discussão originou o desafio de César de Melo ao Campeão de Portugal para um combate onde seria disputado a “ Taça Hollbeche”, o qual se efectuo na noite de Terça-feira, 20 de Fevereiro, de 1906, na sala do Centro Nacional de Esgrima.
A assistência foi numerosa e entusiasta predominado os adeptos no Club, Madeirense e no Ginásio Club.
“ é Talvez o mais brilhante acontecimento da Historia da Luta em Portugal “. Assim reza o documento editado 1909. Os partidários de um e de outro lutador seguiram apaixonadamente as peripécias desse combate titânico, confiado à arbitragem inteligente e criteriosa de Manuel Egreja e á cuidadosa orientação de um júri constituído por Duarte Helbeche, Dr. Lucio del Nunes, Dr. Jaime Neves, José de Sousa prego, Camilo Boubon, Pedro del Negro, Cândido da Silva, sendo cronometrista durou 26 minutos!! Sendo dividido em dois períodos, um de 10 outro de 16 minutos.
  É o combate mais longo entre amadores da categoria de médios, que se realizou até então em Portugal.
César de Mello venceu e com brilhantismo porque o adversário era muito forte, vigoroso e com vastos conhecimentos da Luta.
“ O golpe final foi um maravilhoso “ tour d` anchê”, à cabeça que arrojou Fonseca em terra directamente sobre as duas espáduas
O campeão tentou erguer-se César de Melo regulou a “ balança”, apoiando-se com força e com todo o peso do corpo sobre o lado de onde Fonseca fazia esforços para se levantar, um ligeiro esboço de “ ponte”, que foi esmagada. Esta é a descrição autêntica do livre “ Homens Gigantes “ de Paulo Rey e Rui Lima editado em 1909, extraída de Jornais editados em 1906.
A taças foi para Real Ginásio e César de Melo conseguiu a honrosa classificação do melhor lutador Amador de Portugal, fama que justificou no campeonato do ano seguinte em 1907, vencendo um núcleo grande de adversários entre eles Francisco Padinha, fortíssimo lutador com 105 Kgs, que nesse campeonato representava o Real Club Naval de Lisboa, Clube onde a Luta era ensinada por mestres competentes como César de Melo, Eugênio Noronha e António Cláudio de Oliveira todos obsequiosamente e pelo profissional italiano, que continuava Diego Conelli.
  1.º DIVISÃO EM CATEGORIAS
             O Campeonato de Portugal disputado em 1907 numa festa pública realizada na salão do teatro da Trindade apresentou a novidade da divisão dos concorrentes em quatro categorias. Levíssimas até 55kgs, leves até 65 kgs, médios até 75 e pesados com mais de 75 kgs.
            A divisão assim feita permitiu brilhantíssimos combates as várias categorias.
            O campeão de levíssimos D. Eugênio de Noronha conseguiu após renhido combate, vencer o segundo classificado Guilherme Otero Y Salgado e o terceiro Travasso Lopes.
Os combates da categoria de leves foram talvez os melhores do torneio. Os três lutadores apurados para final eram do mesmo valor. Um deles Joaquim Victal representando o Ateneu Comercial de Lisboa era considerado o mais perigoso candidato do campeonato. Foi vencido por um golpe marcado pelo árbitro, mas que o lutador sempre contestou como errado. Foi proclamado Campeão da Categoria o lutador do Ginásio de Oliveira, por essa Vitória sobre Joaquim Victal e outra o campeão de 1906 Abel de Macedo.
             A Federação Portuguesa de Atlética e Luta foi criada em 1925 englobando a orientação da halterofilia e da luta.
            Em 1970 o Halterofilia cria uma Federação própria, passando os destinos da luta a serem regidos pela Federação Portuguesa de Lutas Amadoras.
            Seguem-se períodos de certa actividade e interesse após outros menos movimentados. Sem passar da mediocridade geral a Luta só consegue de facto movimentar algumas centenas de praticantes a partir dos anos sessenta.
            Apesar do reduzido número de praticantes não deixámos de estar representados em provas internacionais, algumas delas de alto nível, como campeonatos da Europa, do Mundo e Jogos Olímpicos.
            Com um ou outro esboço de talento os nossos representantes raros saíram de mediania. Cabe-nos fazer uma referência elogiosa ao atleta Luís Grilo que nos Jogos Olímpicos de Munique se classificou em 9.º lugar em Greco-Romana, o que constitui a melhor classificação de um lutador português em provas internacionais de alto nível. Também devemos assinalar a classificação de 12.º nos Jogos Olímpicos do México do Lutador António Galantinho.
            No ano 1910 de , Portugal faz-se representar pela primeira vez num campeonato da Europa, em Luta Greco-Romana, na cidade de Budapeste no qual participaram os atletas César de Melo e António Pereira. Neste Campeonato que não chegou a concluir-se por irregularidade cometidas pelos organizadores os lutadores portugueses haviam as finais. Posteriormente, verifica-se a presença de lutadores portugueses nos Jogos Olímpicos de 1912, em Estocolmo, em 1924 na cidade de Paris e no de 1928 nos jogos realizados em Amsterdão. A representação portuguesa, confiada a dois lutadores em cada um cada um dos Jogos acima designados, não conseguiu ir além das eliminatórias, por carência de recursos técnicos, dada a falta de contacto internacional o que reduzida o que reduzida em muitos as possibilidades físicas dos atletas lusos.
            No ano de 1925, fundou-se em Lisboa a Federação de Atlética e Luta, organismo oficial. 
            A assim, durante cerca de uma dezena de anos, embora em condições ainda muito rudimentares, os amadores portugueses dos desportos da força sentiram um melhor apoio para o seu trabalho.
          Os Campeonatos regionais eram disputados todos os anos com apreciáveis números de correntes. Todavia, a falta de técnicos devidamente habilitados para ensinar a mecânica destes desportos, impossibilitou os portugueses de se apresentarem no estrangeiro com os conhecimentos que lhes permitissem obter uma classificação notória.
Após este período, a pratica destes desportos em Portugal entrou em franco declínio, cuja chamada sagrada apenas cintilava nos Clubes de amadores da educação física, que ainda hoje continuam a manter-se na vanguarda da Luta pela Luta.
Passaram-se, entretanto, largos anos, sem que tive manifestado qualquer actividades que marca mereça registo. Dir-se-ia que à prática da luta em Portugal, estava reservado uma página negra do historial do desporto neste pais.
Porém, no ano 1954,, a direcção Geral dos desportos, entidade superiormente responsável por este da vida no Pais, decidiu convidar cinco dedicados praticantes, Humberto Vieira Caldas, Victor Pinto, Luís Miamon, Francisco Ardisson e Ernesto Sales, para passarem a ocupar-se de um estudo sobre as modalidades em causa, sentido de serem actualizados todos os regulamentos técnicos e orgânicos, elaborados os calendários de provas, estabelecido o indispensável contacto internacional, etc., etc..
Simultaneamente, o Comité Olímpico Português, presidido pela ilustre Eng.º Francisco Nobre Guedes, grande amigo do desporto e em especial da luta, passou também a ocupar-se assiduamente dos problemas da modalidade, estabelecendo-se assim uma perfeita conjugação de esforços.
O muito trabalho que então se realizou foi um tanto árduo, mas algo produtivo.
Nas salas de luta existentes na capital começou a verificar-se um desusado movimento de praticante e dirigentes.
Os campeonatos regionais e nacionais passaram a efectuar-se na época própria e o número  de concorrentes aumentou sempre consideravelmente.


Entretanto, a convite da F.I.L.A, deslocaram-se a Paris quatro dirigentes portugueses para participar no curso de Juizes- Árbitros realizado em 1957.
Essa reunião foi de extrema utilidade para a prática da Luta em Portugal.
            A filiação do pais na F.I.L.A, foi neste momento regularizada devidamente, com a gentil colaboração do presidente Sr. Roger Colon.

No ano seguinte, 1958, e por interferência do Sr. Aurine, deslocou-se pela primeira vez uma equipa completa de oito lutadores portugueses a Clermont Ferrand para defrontar a equipa local em Greco-Romana. O resultado técnico do encontro foi francamente favorável à turma francesa, 6-2, como era lógico espera-se . no entanto, os Portugueses tiveram assim oportunidade de avaliar das principais deficiências que apresentavam, para corrigir no futuro.
O mesmo encontro foi depois repetido em Lisboa, como o resultado de 5-2 e um nulo mais animador para os lutadores lusos.
  Ainda no decorrer do ano de 1958, efectuaram-se mais dois encontros internacionais em Luta Greco-Romana com a equipa espanhola de Bilbao, cujos resultados técnicos foram mais equilibrados, embora o resultado final tenha sido favorável à equipa adversária.
A Luta Portuguesa continua a fazer-se representar noutras grandes competições internacionais como sejam:
Campeonatos da Europa – Campeonatos do Mundo e em quase todos os grandes torneios a nível mundial.
Em 1974, após a revolução do 25 de Abril, o então Director Geral dos Desportos, Prof. Melo de Carvalho, convidou várias especialistas em diversas modalidades, para a elaboração de Planos de Desenvolvimento.
O Plano de Desenvolvimento das Lutas Amadoras foi realizado pelos professores António Galantinho e José Manuel Torres. Nesse Plano, para além Distrito de Lisboa, foram inicialmente definitos como Distritos prioritários no desenvolvimento da modalidade os de Bragança, Guarda, Castelo Branco e Portalegre.
 Com a nomeação de um Coordenador por Distrito, a divulgação da modalidade, processou-se de forma progressiva, em especial junto das camadas jovens da população.
Os interessados, eram incluídos em Núcleos Desportivos, que funcionavam invariavelmente em Escolas, Clubes ou Casas do Povo.
Cada Núcleo era orientado era um Monitor de Lutas Amadores.
Posteriormente a modalidade foi também introduzida nos Distritos de faro e Setúbal.
O Plano de desenvolvimento da D.G.D. possuía quadros competitivos próprios e era autónomo na formação de monitores e árbitros.
A modalidade chegou a ser praticada por, aproximadamente, 400 jovens integrados nos cerca de 95 núcleos dispersos pelos Distritos indicados.
Posteriormente, com a mudança de política desportiva, o plano de desenvolvimento de Lutas Amadoras, foi integrado na Federação respectiva.

 A prática da luta encontra-se largamente difundida em todo o Mundo. Mas são os países do Leste Europeu que repartem entre si a maioria das medalhas nas grandes competições internacionais.
Não são de facto as medalhas o mais importante, mas não nos podemos esquecer de que, nos sistemas políticos dos países considerados, eles reflectem  a movimentação de grande número de praticantes.
Nos últimos anos a União Soviética, a Bulgária e a Roménia têm demonstrado um grande avanço técnico em relação aos outros países.
 Após as suas revoluções especialistas, estes países aproveitando as suas tradicionais lutas regionais, fizeram desta modalidade um desporto popular, dando-lhe uma orientação e apoio, de modo a torná-la uma actividade Educativa. Hoje a luta faz parte dos programas escolares destes países e é a modalidade mais popular da Bulgária.
O trabalho científico estudou e sistematizou todos os programas desde os escalões etários mais baixos até à alta competição; ai não há mais lugar para o empirismo. Para melhor compreender a expansão da modalidade através do Mundo, é suficiente observar o número de países filiados na federação Internacional que representam largas centenas de milhares de praticantes dos cinco continentes.
1912 .................................................................................. 18 países
1962 ................................................................................... 65 países
1979 ................................................................................... 81 países

     Nos antigos Gregos, a luta representava um jogo atlético que se ensinava a todos os jovens na escola depois de mais de 30 séculos.
Pobres e ricos, operários e agricultores, filósofos, reis ou militares, todos aprendiam a luta nas “ palestras” era sempre uma honra e sentiam-se felizes e orgulhosos se eram coroados vencedores nos estádios.
A luta “ ORTHOPALI” ou luta em pé, citada por homero no seu poema “ Ilíada”, tinha umas regras ligeiramente diferentes das usadas nos Jogos Olímpicos Clássicos.
Durante a época de Homero ( IX Século antes de cristo) lutava-se com um calção-cinta, enquanto que nos Jogos Olímpicos lutava-se com o corpo inteiramente nu. Para que um lutador fosse proclamado vencedor, ele devia atirar o seu adversário três vezes ao chão, mas durante os combates nos tempos de Homero contava-se como vitória também 3 quedas mas adversário que ganhava tinha de projectar o seu antagonista duas vezes seguidas.
 Se nenhuma dos lutadores tinha conseguido uma queda, e se ele tinham caído três vezes simultaneamente e ao mesmo tempo, o resultado era considerado nulo e os dois adversários considerados iguais.
Os lutadores, mesmo nesses tempos antigos de Homero, combatiam somente pelo prazer de vencer, para a sua gloria, para mostrar a sua força e destreza para se divertirem e nunca por interesse material.
Portanto era um hábito muito antigo oferecer prémios de valor simbólico tanto ao vencedor como ao vencido. Nos jogos Olímpicos, clássicos, assim como nos “ Jogos Pan-helénicos”, o primeiro vencedor recebia como recompensa uma coroa feita de ramos de oliveira ou de outra planeta.
A Luta fez o seu aparecimento como competição desportiva nos XVIII Jogos Olímpicos da antiguidade. O Lutador era chamado nesta época “ LUCTATOR”.
Como nota curiosa, passaremos a transcrever o relato mais antigo que se conhece dum combate de luta.
Por  muito que procurássemos, esta descrição de um combate, citada por Homero, é a mais antiga de toda a História.
Particularmente interessante pelo seu suficientemente claro, ele mostra a maneira de se lutar da época. Ele demonstra também a mentalidade e o espírito dos lutadores e a obstinação que eles empregavam para obter a vitória.
Esta descrição de Homero é citada na sua “ Ilíada” ( Canto XIII Linhas 700 e 735). Trata-se de combates duma organização de Jogos Atléticos, realizados por “ Achiles” em honra de seu amigo “ Patrocle”, morto durante a guerra de Tróia.

 5000 anos a.C.
Os Suméricos já praticavam ( o arqueólogo doutor Speiser descobre no ano 1938 no tempo de KHAFAJE – MESOPOTÂNIA, perto de bagdad uma peça de bronze representado dois lutadores em acção).

3000 anos a.C.
Luta começa a praticar-se no Egipto. Descobrem-se cenas de Luta esculpidas nos baixos relevos das sepulturas do povoado de Beni –Hassan.
  2600 anos a.C.
desenhos encontrados na tumba do Faraó PTAHOTEP.
  1000 anos a.C.
A luta é introduzida na Grécia, procedendo do delta do Nilo e dos países da Ásia.
  708 anos a.C.
A luta é incluída nos XVIII Jogos Olímpicos da antiguidade sendo EURIBATES o primeiro vencedor

Ano 23 da Era Moderna

A luta aparece no Japão, sendo SUKUNE o primeiro grande vencedor.

Ano 858 da Nossa Era

A Sucessão do trono Japonês é resolvida através dum combate de luta entre BRONTOKE E KORES HITO. Foi vencedor este último, que teve o seu reinado com o nome de SEIWA. 

Ano 1869

Aparece a Luta Livre Americana

Ano 1875

Define-se a Luta Greco–Romana para haver definição da Livre Americana.

Ano 1896

1.º Jogos Olímpicos da Era Moderna realizados em Atenas na Grécia, por iniciativa do Barão Pierre de Couberin, nos quais se inclui a Luta. Proclamam-se 1.º Campeão Olímpico o Alemão KARL SCHUMANA.
Ano 1900
II Jogos Olímpicos realizados em Paris e onde não figuras a Luta.

Ano 1904

III Jogos Olímpicos realizados em “ S. Luís” U .S. A. nos quais se inclui pela primeira vez o estilo Livre- Olímpica. Os lutadores Americanos venceram em quais todas as categorias.

Ano 1908

IV Jogos Olímpicos, realizados em Londres. Incluem-se pela primeira vez e de forma definitiva, os dois estilos Livre Olímpica e Greco- Romana.
1910 a 1920
Máximo esplendor do estilo Greco-Romana e decadência do estilo Livre - Olímpica.
1958
Profunda alterações das regras, anulando-se o começo obrigatório da Segunda parte dum combate com a Luta no chão, quando a primeira parte tinha acabado nesta posição.
1963
É introduzido nas regras, o assentamento controlado, para os dois estilos.

Até aos nossos dias

A grande evolução da técnica e da preparação física dos lutadores, exigido grande esforço aos atletas.
De forma a que se dê inteiro cumprimento ao exigido pelas regras e que se define como “ LUTA TOTAL”, a duração do combate vem sofrendo alterações. Sendo  constituída por 3 + 3 minutos com 1 minuto de intervalo.
Muito mais haveria da Historia da Luta. Em futuros trabalhos sobre a modalidade procuraremos novos fontes de informação para enriquecer os conhecimentos históricos da Luta.